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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Chocolate e mais chocolate!

Veio a Páscoa e junto a ela os ovos de chocolate...e são vários, um da mãe, outro da dinda , outro da vovó...e qual o problema de ingerir muito chocolate ?  O chocolate, assim como o morango, tomate, queijo, pode induzir a uma "pseudoalergia " que  seria a alergia desencadeada por liberadores de Histamina aos quais são dependentes da quantidade ingerida e causam sintomas de coceira intensa, manchas vermelhas pelo corpo ( em alvo) e que desaparecem  ao você pressionar o dedo sobre elas. Geralmente esses casos são leves e respondem bem aos antialérgicos orais. É importante ressaltar que a criança PODE comer chocolate novamente pois a reação é dependente da quantidade ingerida ao contrário da alergia  verdadeira a certos alimentos como frutos do mar, ovos, amendoim que a pessoa tem reação grave e não deve de forma alguma ter contato novamente com esse alimento!
Ofereça o chocolate a ele mas aos pouquinhos....

quinta-feira, 21 de abril de 2011

PAPO DE MÃE

Fui convidada,  pelo programa  de TV PAPO DE MÃE ,  a participar da gravação  neste sábado como pediatra  e mãe  na cidade de  São Paulo. Mas o que fazer para garantir leite materno na ausência da mãe? Afinal, não levarei a pequena Sara...uma saída é a ordenha do leite materno com antecedência, ele mantido em geladeira dura 24horas e congelado até 3meses ! No meu caso eu adquiri uma ordenhadeira elétrica pois acho a manual muito dolorida para  a  extração do leite. Uma dica é que existem empresas especializadas em alugar ordenhadeiras.
Prometo que vou avisar quando o programa irá ao ar, ele acontece sempre na TV Brasil às 19hs de domingo, vale a pena olhar o site http://www.papodemae.com.br/ com vários assuntos interessantes!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Sim, criança tem enxaqueca !

No meu último plantão pediátrico tive 4 casos de cefaléia na emergência  e todos os casos a  dor  era recorrente.  Todos tinham critétios para diagnóstico de enxaqueca mas os pais não tinham essa informação!
O que me preocupa é o quanto a dor de cabeça afeta a vida de nossas crianças!  Quem é adulto e sofre desse mal sabe o quanto atrapalha a vida diária e nos pequenos gera absteísmos escolares, problemas na interação familiar e sociabilidade. Acredita-se haver relação genética associada a  fatores desencadeantes como  alimentos ,  estress, esforço físico, exposição solar prolongada sendo a dor característica da enxaqueca pulsátil, unilateral, associada a vômitos, fotofobia e fonofobia. E se a criança tem menos de 2 anos? observar vômitos, palidez, fono e fotofobia, irritabilidade.
Mitos: Erro de refração , ou seja, necessidade de usar óculos raramente causa cefaléia na criança ! Curiosidades:  O caso mais antigo e de idade mais precoce descrito foi em 1903 por um médico que relatou  os sintomas citados acima  em uma criança de apenas 2 semanas de idade de forma recorrente. Pena que ele só descobriu o diagnóstico após 2 anos quando ela verbalizou a dor!

domingo, 10 de abril de 2011

O Mal é Febre

A Sara teve ontem, aos 4 meses,  a sua primeira febre!  Agora entendo melhor  os pais que chegam na emergência desesperados por causa da febre...e como assusta!  Na verdade é importante ter bem claro que febre não é DOENÇA  e sim SINTOMA  como tosse, coriza e nas crianças ela é um dos primeiros sinais de processo infeccioso tanto viral quanto bacteriano .  Não há  consenso na literatura sobre valores mas consideramos na prática sempre acima de 37,8C sendo importante medir com termômetro para orientação médica e medicar logo no início para evitar convulsão febril. E quando correr para o pediatra? quando o pico febril não for isolado, houverem outros sintomas associados, a criança não estiver aceitando alimentação e seu estado geral seja debilitado.
Foi interessante examinar a minha filha ontem....ah...o pico foi isolado!

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Dodói !

Como quantificar a intensidade da dor em crianças? A dor é subjetiva  e varia muito entre as pessoas.  Para conhecimento geral existem 40 escalas de dor para recém-nascidos na literatura médica , mas e na prática? Primeiramente observar a postura da criança sendo comum a rigidez do corpo, o arqueamento do tórax e movimentos de flexão e extensão dos membros. Sobre o  famoso choro,  sabe-se que somente 50%  dos casos de dor ele acontece  portanto ele não é o único parâmetro e ocorre também  na fome e no desconforto.
Apartir dos  4 anos a criança sabe com precisão o local  e a intensidade da dor e apartir dos 7 anos ela é capaz de usar termos como dói pouco, médio ou muito. Enfim, é preciso OBSERVAR  para conhecer nossos filhos e o médico deve sempre OUVIR os pais, olhar com atenção a criança, sentir a reação do corpo  dela  frente a dor .  Seja ela psíquica ou orgânica,  todos nós devemos acreditar que a dor é importante para ela!